3 de out. de 2013

Donzela

   Ó, tal donzela tão amada e tão distante. Que homem, que guerreiro? Que leão, seja águia ou gavião, poderia afligir tal muralha de valor imensurável! Que flor, que jóia? Quanto ouro no mundo poderá haver, pois de toda jóia e de tudo que fulgura, não há beleza mais radiante quanto a que vejo ao meu lado. Nem Sol, Lua ou estrela! Nem mesmo todo o brilho do Universo, pode se comparar ao brilho que encontrei em teu olhar. Ó, donzela tão distante!
   Que haverei de fazer? Que haverá leão, seja águia ou gavião, capaz de realizar para conquistar tal brilho incandescente, tal alicerce de sustento da mais bela criação? Diga-me, pois! Poderá homem nesta terra algo a realizar, para que teu sustento anime? Poderá pois ele medir tal vastidão incomparável? Poderá ele ser presa e caçador? Diga-me, pois!
   Tal brilho que encontrei já não pode alegrar: Tão grande és tua beleza que não há homem, leão, águia ou gavião capaz de afligir-te. Embora vá, pois, e teu brilho levais consigo! Pois a cada momento vem novo tormento, e tal jóia brilhosa, tais olhos não podem mais sustentar.
   Ó, tal donzela tão amada e tão distante...

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