6 de jul. de 2013

A Morte da Casa

Havia uma casa, uma casa havia
Toda pálida, com janelas azuis
Seu telhado era dourado e brilhava ao Sol
E sua porta, vermelha como o fogo
Uma família vivia naquela casa.
Família bonita, feliz e alegre
Querida por todos, por todos querida
E ali, nenhum mal havia.
Anos se passaram, passaram-se anos
A casa ruiu e afundou
Rachaduras nas paredes, barulhos nas portas
Apagaram-se as luzes, morreram as hortas
E tal família, que tal casa muito amava
Tão relutante, tão tristemente
Finalmente abandonou a casa
Mas tal casa não se esqueceu
Memórias vinham, memórias iam
Memórias de uma casa perdida
E, mesmo com a tristeza no coração
Tal família ainda amava tal casa
E a visitava, uma vez por ano
O dia da morte da casa
Lhe trazia flores, presentes e adornos
Presentes e flores à casa esquecida
Esquecida por todos, mas não por alguns
A quem traziam flores à casa
Como era de costume, família foi
Deixar flores, presentes e adornos
A tal casa já perdida
Mas tal casa já estava sumida
Onde estava casa, ninguém sabia
Finalmente, era casa esquecida

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